O assunto sexo e relacionamento conjugal passaram a ser amplamente discutido na atualidade. Basta ver todo bombardeio que a mídia nos oferece acerca do assunto. Embora muitos de nós tenhamos acesso direto a tais informações sexuais, pode-se notar que isso não é o bastante! A informação pura e simplesmente não auxilia nenhum de nós em nossas necessidades reais. E muito menos casais que por ventura tenham qualquer tipo de dificuldade sexual.

Muitas vezes homens e mulheres passam anos de suas vidas com dificuldades sexuais sem entender seus desajustes, insatisfações e conflitos. Tal forma de manutenção do relacionamento decorre da inadaptação/inadequação da parceria  ou mesmo por falta de vivências básicas com relação à sexualidade.

Afirmamos novamente que só a informação, mesmo que maciça (através dos programas de TV, rádio, revistas e outros veículos de comunicação) não fazem diferença no que se refere à resolução real dos problemas associados à sexualidade. 
Grande parte dos casais que nos buscam em consultório chegam desmotivados sobre o relacionamento, e até separados de fato! Nesse momento, nem se quer levam em conta a possibilidade de um recomeço.

Com o andamento do processo psicoterapêutico pode iniciar-se no casal uma nova proposta para um amor em crise. 
As disfunções sexuais de forma geral acarretam sérios problemas de relacionamento interpessoal. A falta de comunicação assertiva, direta e clara, instala-se no casal. E com certeza outras áreas desse relacionamento já estão afetadas. 
O inverso também é verdadeiro. Outras questões que não sexuais, como por exemplo, o cuidado com os filhos, a construção ou reforma de uma casa, o excesso de trabalho, podem afetar diretamente a vida sexual do casal. Portanto, não é preciso saber onde a crise ou disfunção se inicia e nem como pode ser seu desfecho.

Existe uma ampla variedade de atitudes e desafetos entre um casal que pode comprometer a parceria, tanto emocional como sexualmente. Alguns pontos importantes de conflitos podem estar ligados diretamente a fatores como: desrespeito mutuo, falta de diálogo, interpretações errôneas, objetivos e expectativas demasiadas opostas, dentre muitos outros. Esses fatores podem evidenciar uma parcela desse desencontro e com certeza acarretar brigas constantes ou ainda pior em uma vida a dois paralela, indiferente e solitária.

Na vida sexual esses fatores já citados, podem estar associados com a discrepância das preferências sexuais e desentendimentos evidentes nas questões básicas do ato sexual. Um exemplo: quando ter a relação sexual, onde, de que forma, com que duração, com que frequência, objetos sexuais que levam a excitação podem ser incompatíveis ... Tudo isso torna o momento do ato sexual uma grande guerra, cheia de estratégias e manipulações Assim um momento que deveria ser de prazer acaba se transformando em algo frustrante para ambos.

Na maioria das vezes tais desencontros passam a ser cotidianos e não merecedores de atenção até o momento em que a crise se instala e a separação parece ser a solução.

Com o tempo as frustrações passam a se tornar regra e impossibilitam qualquer forma de prazer na relação sexual. 
Sem dúvida muitos fatores externos e internos causam impacto na vida desse casal. 
Afinal, a maioria dos relacionamentos tem seus altos e baixos, portanto durante os períodos difíceis é provável que um dos parceiros sinta menos desejo para o ato sexual.

É bom lembrar que mesmo mantendo o parceiro, a forma de se fazer sexo muda com o passar dos anos! A mudança ocorre da mesma forma que qualquer outro aspecto do relacionamento, pois os sentimentos, afetos e sexualidade se transformam com o decorrer do tempo. Todas essas mudanças podem afetar a maneira como cada um se sente sexualmente com esse parceiro. 
Normalmente, mas não via de regra, os casais iniciam seu relacionamento conjugal com grande quantidade de desejo sexual. Após algum tempo de convivência pode ser necessária uma reavaliação da dinâmica do casal e do relacionamento sexual. Caso exista conflito, discrepâncias, diferentes motivações, faz-se necessário rever estes aspectos para nova adaptação e novas possibilidades de estimulação sexual.

O objetivo dessa reavaliação é de que ambos os parceiros sintam-se motivados e se motivem para o sexo. 
A terapia sexual auxilia casais que precisam de ajuda para lidar com seus problemas sexuais. 
Quando o sexo se torna decepcionante a analise da vida conjugal e sexual se faz necessária. Assim a percepção de que algum aspecto do relacionamento não está adequado acontece.

Geralmente, os problemas afetivos/sexuais aparecem em virtude das circunstancias que estão fora do controle imediato do casal, independentemente do amor que os une. 
O casal que passa por tais dificuldades afirma que a harmonia dessa união fica abalada. Portanto, não existe espaço ; nem condições adequadas para a sexualidade florescer.
Nenhum problema de relacionamento é resolvido se postergado. 
A verdade é exatamente contrária: quando se ignora uma dificuldade, esta se agrava. 
Se existe uma evitação de um assunto importante, a mágoa e infelicidade se instalam.

O casal acaba por se distanciar ainda mais. Cada um cria seu mundo onde a possibilidade de diálogo se torna progressivamente impossível. Por consequência a vida conjugal torna-se insatisfatória sob qualquer aspecto inclusive o sexual. 
O primeiro passo em direção a uma melhora na qualidade de vida desse casal pode estar diretamente ligada a procura de um profissional capacitado.

Assim o relacionamento pode ser reavaliado e renovado de acordo com as necessidades de ambos, tornando assim a queixa inicial em um motivo comum para que esse casal se empenhe em uma vida sexual/afetiva com mais qualidade e porque não mais harmônica.